controvérsias

"A cada mil lágrimas sai um milagre”

Alice Ruiz

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O dia depois de amanhã


(trecho do Diário da Corte 45 - edição de almoço, de Sérgio Murillo de Andrade)

O Rio sofre com calor de mais de 40º. Dizem que conseqüência do El niño e do tal efeito-estufa. As chuvas torturam São Paulo há vários dias, tbém pelas mesmas razões. Nem vou falar da SC e RS, que já viraram clichê. É óbvio que o planeta está se degradando, mas desconfio e muito dessas previsões catastrofistas. Repararam que quando cai uma tromba d’água, derrubando encostas e matando gente, tem sempre um especialista que garante: A última vez que volume de água atingiu esse índice assustador e que prova que estamos caminhando para o aquecimento global foi em 1954. Ah, então já aconteceu! E provavelmente aconteceu antes, e antes, e antes. Só que ninguém media e não tinha tanta gente para sofrer e multiplicar os efeitos do desastre. No domingo passado, no Canal Livre da Band, o professor da UFAL, Luiz Carlos Molion, desmistificou os alarmistas do aquecimento inevitável e provou, nas contas dele, que, na verdade, estamos em pleno ciclo de resfriamento que deve durar 20 anos – por isso tanta chuva no Sul. “Infelizmente a terra vai resfriar, o aquecimento seria muito melhor”, disse ele. Fui dormir mais tranqüilo. Livre de virar uma torrada, mas bem próximo de se transformar num picolé. Cientistas são muito parecidos com advogados. Quando abandonam a dúvida permanente e formam uma certeza irrefutável, é melhor sair de perto e bem rápido.